Muitos críticos da Reforma tentaram retratar este item [Sola Scriptura] como o convite ao individualismo, uma vez que as pessoas descobrem por si mesmas, na Bíblia, aquilo em que irá ou não acreditar. "A Igreja não tem importância. Fora os credos e a função de ensino da Igreja! Nós temos a Bíblia e isso é o suficiente". Mas esta não foi a doutrina dos reformadores no Sola Scriptura - Somente a Escritura. Com relação à abordagens individualista para com a Bíblia, Lutero disse "que isso significaria que cada homem iria para o inferno por conta própria."
De um lado, os Reformadores enfrentaram a Igreja Romana, que considerava a autoridade dos seus ensinamentos como definitiva e absoluta. Os Católicos Romanos diziam que a tradição pode ser uma forma de revelação infalível, mesmo na igreja contemporânea; é preciso uma Bíblia infalível e um intérprete infalível daquele livro sagrado. Do outro lado estavam os anabatistas radicais que não apenas acreditavam que não precisavam da função do ensino da Igreja, mas pareciam realmente não necessitar da Bíblia também, uma vez que o Espírito Santo falava com eles – ou, pelo menos, com seus líderes - diretamente. Em vez de um Papa, o Anabatismo produziu vários mensageiros "infalíveis", que ouviam a voz de Deus. Contra ambas as posições, a Reforma insistiu que a Bíblia era a única autoridade final na determinação da doutrina e da vida. Na sua interpretação, toda a igreja deve ser incluída, inclusive os leigos, e devem ser orientada pelos mestres na igreja. Esses mestres, embora não infalíveis, devem possuir considerável autoridade interpretativa. Oscredos eram obrigatórios e as comunidades Protestantes recém-reformadas, rapidamente elaboraram confissões de fé que receberam a concordância ou aprovação de toda a Igreja, não apenas dos mestres.
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